Thursday, October 25, 2007

Saturday, October 13, 2007

Fall colors and squirrel


Capturing?

From my porch
Through glowing
Orange and yellow and red
Leaves,
And morning sunlight
I gaze at
hard-working squirrel
getting ready for silent
snow time
making sure
the nest is
a safe haven
for the family
Unaware
of danger,
just minding his
own
business
Living up to
his squirrel nature,
his giant black eyes
looked back at me
as saying
“Swiftly, dear,
I don’t have the whole day”
Nature is that simple.
(Blue Crystal Eagle)

Thursday, October 4, 2007

Alquimia #1: Bleu de Ciel (Kandinsky) + The Sea of Core Experience (SGT)




Single Gun Theory - The Sea Of Core Experience Lyrics




I dedicate my life to the mystic law of cause

and effect with the vibration in my voice

here above the clouds

my porous body floats

transcending my form

to essence

flow, river of my soul

to the sea of core experience

a thousand millions hands are joined

in embrace here

wind is rushing past my face

and streaming through me

I am rarefied

and abstract

I will come to you

and kiss you in a dream

the still of night

roaring through me


More Single Gun Theory Lyrics...

Cores e sons/Color and Sound

The alchemy between colors and sounds reminds me of Kandinsky...one of my favorite painters...
Here's what's all about:
"Colour is the keyboard, the eyes are the hammers, the soul is the piano with many strings. The artist is the hand that plays, touching one key or another purposively, to cause vibrations in the soul." (Wassily Kandinsky)
"Colors produce a corresponding spiritual vibration, and it is only as a step towards this spiritual vibration that the elementary physical impression is of importance." (Kandinsky)
"Doubts must be resolved alone within the soul. Otherwise one would profane one's own powerful solution." (Kandinsky)

Monday, October 1, 2007

Soul Love

"Soul love is not emotional; it is highly impersonal and intelligent, capable of grasping the essence of someone or something without any projection on our part."

Friday, September 28, 2007


A crença naquilo que eu teco no meu divagar tem uma multidimensão quântica imensurável e imprevisível. Pode ser da qualidade da leveza de uma gota de orvalho. Ao mesmo tempo, raio na noite escura. Pode ser o urro e o sussurro. A força está na teimosia do útero que insiste em procriar os sons em ecos...ecoando até que eu, exausta de prisão, consiga parir palavras. Elas são minhas filhas. As fêmeas palavras que vão povoar Gaia. (Blue Crystal Eagle)

Sempre Lispector


"Minha alma tem o peso da luz. Tem o peso da música. Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros."

(Clarice Lispector)

"Sou uma filha da natureza: quero pegar, sentir, tocar, ser. E tudo isso já faz parte de um todo, de um mistério. Sou uma só... Sou um ser. E deixo que você seja. Isso lhe assusta? Creio que sim. Mas vale a pena. Mesmo que doa. Dói só no começo." (Clarice Lispector)

Tuesday, September 25, 2007


Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos. (Fernando Pessoa)
(...)
Tudo que existe existe talvez porque outra coisa existe. Nada é, tudo coexiste: talvez assim seja certo... (Pessoa)
(...)
A única atitude intelectual digna de uma criatura superior é a de uma calma e fria compaixão por tudo quanto não é ele próprio. Não que essa atitude tenha o mínimo cunho de justa e verdadeira; mas é tão invejável que é preciso tê-la. (Pessoa)

Thursday, September 6, 2007


TEMPLO

Uma vida de cobre
estátua armada de pelos e garras
um Graal de sangue escarlate
vigiando o retorno a mim.
Macedônias e Irlandas
embrenhadas em um riso de gargalhada e dor
assustam a ira dos deuses de mármore.
Pois a vida é muito rápida e lenta
corre feito trem bala
é bicho-preguiça emaranhado no tronco
não espera ninguém não.
(Blue Crystal Eagle)

Beatrice

As coisas da vida são simples. O que são coisas simples? Pode um pãozinho ser simples? Veneno de cobra é simples? As coisas na sua mais terna e tenra simplicidade se fazem necessárias em minha vida da mesma forma que um pãozinho e que veneno de cobra. Tenho para te contar uma história que mostra como as coisas simples podem ser.

Beatrice estava de férias e descansava em seu posto no quarto círculo de seu próprio inferno, pois havia acabado de descobrir que não se guiam mais homens como antigamente. Desde tempos imemoriais, ela refletia, fumando seu charuto, tantas mulheres tiveram seus delicados corpos transformados em pontes que ligavam, por exemplo, a rua 2 à rua 3 dos vários círculos dos infernos. Enquanto pontes, elas continuam realizando uma espécie de auto-sacrifício em nome de um ritual iniciático pelo qual todos os homens, desta e de outras dimensões precisam passar para chegar ao posto de heróis. Acontece que, Beatrice ponderava, chegara o momento de todas as mulheres-ponte do mundo, se erguerem. Era o que Beatrice chamaria um momento de transição para a verticalidade de pontes.
Enquanto refletia, sentiu a presença de Mercúrio. A noite estava tão clara que era como se a lua fosse sol. O ciclo de 365 dias estava chegando ao fim... havia muito pouco a esperar em um período como esse, de fim. Mas Beatrice não tomou consciência da real presença esfuziante de Mercúrio, pois afinal, estava de férias. Ela observou, placidamente, a passagem de Virgilio e Dante logo ali, a alguns metros de distância. Preferiu ficar invisível. Mas Virgilio, como bom guia, conseguiu perceber Beatrice sob seu manto de invisibilidade. Dante se encontrava num estado quase errático. Ela sentiu o peso do tempo ancestral e o cansaço de anos e anos de trabalho... Mas ponderou e pensou em coincidências. Era muito pouco provável que Dante e Virgilio tivessem conseguido fazer a travessia para onde ela estava. Então entendeu que tudo o que aconteceria, dali em diante, era absolutamente necessário e irremediável. Suspirou. Sorriu por dentro. Dante nunca havia estado com uma Beatrice de férias. Assim, deu-se um estranhamento precedido por uma espécie de encantamento, pois havia o frescor que só o inusitado pode causar. Finalmente Beatrice tirou o manto e Dante buscou os olhos de Beatrice e pôde enxergá-los pela primeira vez. Ela identificou em Dante uma doçura conquistada em batalhas anteriores e sentiu uma compaixão grega. No entanto, Beatrice sabia que Dante deveria enxergá-la por inteiro e não apenas seus olhos. Esta seria uma tarefa árdua para ambos. Ou, talvez simples, muito simples.
Eles passaram algumas conchas-tempo ali, apenas falando dos astros e estrelas e galáxias e do improvável.
Ainda em estado inebriante de encantamento, Dante recolheu da mão esquerda de Beatrice as chaves de seu retiro, o que fez com que ela apenas permitisse que pairasse sobre ela, suave, uma brisa de alento. Ela sabia que, pela manhã, o encantamento morreria. E ela aprendera que deveria deixar as coisas todas morrerem, porque somente coisas que morrem primeiro são da ordem do factível. Em posse das chaves douradas de Beatrice, Dante sentiu um poder que apenas os homens sentem quando confiscam temporariamente o estranho ímpeto das mulheres de fugir, ou de partir. Ele sabia que se Beatrice realmente quisesse ir embora, ela teria lhe roubado as chaves de volta, mesmo que para isso ela precisasse arranhá-lo docemente. E ela não quis.
Havia chegada a hora de Virgilio revelar a Beatrice qual seria a próxima etapa na jornada de Dante.
Dante experimentou, em segundos-momento aquilo que nem havia vislumbrado desde o sempre. Promessas. Reais no momento quando. E Beatrice chorava a cada simples promessa daquelas porque as sabia verdadeiras, no entanto, irreais.
Aquilo que vislumbrava sempre era apenas a batalha, uma batalha irreconciliável entre a razão e o amor.
Razão vence. Amor vence.
Beatrice desce os degraus do 5° inferno. Dante continua sua jornada, rumo a Virgilio.

(Blue Crystal Eagle)

Breathing

There is some sort of incompleteness in every struggle for everything we want. Completeness is only possible when it is reversible…when one is inside out.


The wind blowing is the most acute act of freedom. One is never the same after having been blown by the wind.


Nurturing writing, the one that comes from the very guts, is breathing just like the first breath you took when your umbilical chord was slashed out of your fragile body. A mixture of overwhelming joy for being free at last…the fear of not knowing exactly how breathing in and out works, yet - even though gasping – the ever growing reassurance that if you just go on and struggle, air will always and hopefully be there for you. The air we breathe is the perfect and irreplaceable stepmother – it can never replace the concreteness of the womb. Still, it is as nurturing as it can be.


Truly surrender to true Love. Crucial experience, when you are bold enough to volunteer with your soul. There are no rewards if you consider the ones expected for normal romantic achievement – which in fact is an illusion ask Isold or Eloise – just a particular angelic kind of joy. Only half-Amazon women, without breasts, can endure. When you go further than unconditional love, there is inexplicable healing and deep love, the kind of love that grows from fountains of crystal waters.

Let me restore in weakness what has been granted for me in moments where the only task is surviving. I ask this because no one is strong under the big lenses of humankind’s microscope. This is when the body, mind and soul align in the most delicate frailty. What a consecration of the survival self it is to be in a state of ultimate survival. The longing for someone to rescue you from the greatest shame I need to survive. Why is it so embarrassing to be breastfed by the unknown?

Writing about what I believe others expect me to write has almost killed my words. As soon as I allowed them to flow freely, I found surrogate peace.

Align.

My mentors, fairies and guides are celebrating the rebirth of my fingers. I never knew they would grow back like the tails of lizards, very mysteriously, do. I learned that although my hands and fingers were cut uncountable times before, I did not know how to live with them grown anymore. I had very sadly gotten used to having my limbs taken. So for ages and ages, I repeatedly and painlessly did the job of cutting them out myself. Just to avoid the hassle of having a stranger break into my house to have the job done, the screams and the Oh please no not again, the blood… The procedure was meticulously quick. That cold-blooded self-mutilation came to an end when I realized I felt no more pain in the acts…The mechanization of the self-imposed act ceased, at last. Miracles are for those who are not afraid.

Now there is beauty because my hands can see.


Let there be light, always. But let here be shadows, from time to time, so that light can make sense.


What is the purpose of self-protection when it only prevents life from happening?
(Blue Crystal Eagle)

Clan Pregnancy

Clan-ad
Ad the Clans
Add McLouds
Add McFires
Add Wallaces
Add Uirapurus
Add me to your world
Your similitude
Your perfect-ness-less
And add me
Once more
To the long lost
Soul
Hurt since endless thousands and thousands
Hurt from various unimaginable dimensions
Add me
To Desire
To Longing
To the Beast
To the Beauty
Because I am whole
And I
am
Pregnant.
(Blue Crystal Eagle)

ARRIBA LA LUNA

Há os ventos que separam e há os ventos que aproximam os pólos. É como uma ponte que se constrói com as mãos todo dia. O primeiro tipo de vento é a ausência do que é necessário para se construir a ponte.
O coração é tudo o que eu tenho. Assim, é o alimento e o início, o fim e o meio.
(To be continued)

PARTE I
Ventos que sustentam...é o ponto de equilibrío entre ventos frios - aqueles que separam - e os ventos quentes - aqueles que aproximam.
O que se sabe dos ventos que sustentam o coração? O que se sabe na profundidade concreta daquilo que nutre o coração no vôo dos falcões?
O amor que se manifesta na alma livre do falcão é feito de todo dia. É o laço inominável.

PARTE II - A FANTASIA
DIÁLOGO ENTRE FALCÃO FÊMEA E SEU INTERLOCUTOR:
- Eu quero a constância do vento que sustenta o meu voar. É egoísta? Sabe, a minha verdade extravasa nas entrelinhas. Alguém sabe quem me criou assim, onda batento nas pedras? Um certo princípio masoquista que se criou em mim não me dá alternativas a não ser virar onda e me quebrar nas pedras. Falcão Onda.
- O tempo vai mostrar.
- Eu não tenho mais tempo.
- Você é teimosa...
- Peço apenas que me ouça. Não julgue. Não deduza nada.
- Você me trata como se você soubesse do meu destino. Você sabe da minha essência. Espera que eu me revele a mim mesma. Então responda, quando puder, mas enquanto isso vou apenas contar do que eu preciso.
- Estou ouvindo.
- Preciso que você me mostre que sabe mergulhar. Preciso saber se você tem fôlego para achar o tesouro de Atlântida junto comigo. É um mergulho até as profundezas da origem de tudo. As palavras acompanham as ações, não? Haja com alguma constância comigo, e o ritmo se constrói. Mas eu tenho pressa. Antes que o Sol de inverno bata nas minhas asas. Antes que o céu se cubra de estrelas. Eu não suporto voar só. Nasci com a necessidade da troca. Aceito. Não quero fazer a escolha sem antes ouvir a voz de Deus. Você, mais do que ninguém, sabe que o fogo deve ser alimentado.
- Eu dou a você o que eu posso. E você, o que me oferece?
- Não é suficiente. Ofereço a possibilidade.
- Você é chata!
- Você mascara minha chatice porque não suporta a idéia de voar a dois. Você parece ter a certeza de que nenhum falcão fêmea atingirá as alturas dos seus vôos. É uma defesa. Seu destino não te fez monogâmico?
- Acredito e vivo o amor, se é o que queres saber.
- É a sua maneira única de amar. Cada um tem a sua, não? Eu não te conheço bem porque você não deixa ou porque eu sou cega? A cegueira não é uma característica dos falcões...Não se ofenda, por favor.
- Eu já volto.

PARTE III - A REALIDADE
As lacunas entre as pontes não permitem o trânsito livre entre os territórios.

PARTE IV - A LIBERDADE
Não quero aprender com a dor. Escolhas. Não quero mais viver pela metade.

PARTE V - AS REALIDADES MULTIDIMENSIONAIS
A maravilha do mundo é não saber do amanhã. Quando viajo no tempo e no espaço eu sou mais plena.
O mundo material é uma corrida de 5 qulômetros se comparado ao infinito do cosmos. Dizem-me que preciso desacelerar. Quem sabe da minha urgência? Por favor, não se confudam com minha aparente ingratidão pela dádiva da vida. Aqui quero viver o mais próxima da plenitude da criação. Eu sou uma parte do Mistério. Míssil teleguiado para o Amor. Bomba de prazer. Suavidade do pouso. Aterrada. Quais são os seus sonhos? Não me deixe esquecer dos meus. Se você pisar nos meus sonhos, eu te deixarei. Na multidimensão, eu deixo de ser uma sobrevivente de Auschvitz, deixo de estar na estaca, deixo de ser flagelada pela ira dos homens. Deixo para trás o medo da punição. Deixo para trás as atrocidades cometidas contra todas as vaginas do mundo. Deixo para trás o medo que os homens têm das mulheres. Deixo para trás o medo que as mulheres têm dos homens. Sim, porque somente livre do medo nós podemos ser serpentes aladas. Na multidimensão vou plantar girassóis para que eu nunca me esqueça das direções, do nascente e do poente, porque é o Sol que me guia.
O falcão fêmea observa sua bagagem. Entre dar o passo derradeiro rumo ao céu e esperar a coruja branca. Entre o ficar e o ir embora. Duas penas caem de suas asas. O vento é forte. Ela quer a alucinação das alturas. A raiz da cerejeira cresce, sua árvore, seu ninho. Ela quer o gozo dos pares.
Ela sabe que ninguém leva a sério seu poder de imaginar tudo. Secretamente, ela se sabe musa.
Ela retira os guizos de sua pata direita. "Não quero ser rastreada". "Mas se eu não estiver pronta, quem virá em meu auxílio? Reconheço minha falta de auto-suficiência." O vôo é aprendizado, não suicídio. "Quero aprender com o amor. Não quero aprender com a dor". Escolhas.
(Blue Crystal Eagle)

Por el suelo

The colors are magnificent. The endless palette, the shades and portals of the Otherworld… There is a circle, made up of six roman columns, where the retreat is. It is so peaceful and quiet. I want to be bathed in colors and swallow the golden thread of light to quench my thirst and release all the pain. Who are these beings that come to my aid, so unexpectedly?
There is no need for words in the Otherworld. This proves words have always been made up as a human attempt to fill the void, the lack of a more efficient, yet impossible, reunion of heart and soul. Things are changing, I heard. The changes are invisible to our own blind rational eyes…That is why we are called to make wise choices…

When I fight against the feeling I have for you, scattered old wounds revolve around the fire of ancient long lost love. Having found the origin of my sorrows, why do I still secretly wish you stopped loving me. I made an oath. I swore not to leave you. Now, these beings keep reminding me of that. When I sing, my soul leaves this body and goes wandering, looking for the place where I made that promise. And I can perfectly recall the words...When the Source created us, we were assigned a mission to spread love throughout humankind, Death will never tear us apart. Our souls will always be rising and rising… against all the obstacles. Together we will always be. The bond was tied, then. Indissoluble, enduring, and eternal, as life is. How far-reaching can this be? If I can just set the fears aside…old memories of loss and defeat…The crosses over our beds, and the weeping, the parting, the kings and conspiracy. We have abided all that, it´s all behind us now, like a sad fairy tale. We can make it new. Let us not perish now. Let us mimic sunflowers, instead.

(Blue Crystal Eagle)
Why must we gaze at the same deceiving option
over and over again? As for me,
I long for the subtle silence of waterfalls
Sun inspired, sun perspired
Living the hazards of mortality is an impossible adventure
if you do not let go of the lies you are told since you are born
Misleading concepts of perfection
Get rid of them while you can
We watch worldwide massive architectured destruction
of lives and dreams
while the numbed watch goes counter-clock-wise
Ignorance perpetrates hatred
Perpetration of hatred is based on
a very carefully elaborate system of blindfolding
Western civilization is blinded by
the shadows of their own unconscious
death principle
We desperately need to
REDEFINE the fittest
in the survival of the fittest.
See, desire follows a path
that has to be clear of any layered
past wounds that get stuck, preventing it from
following its course
Beware of these unwanted layers
Desire is the ultimate mechanism for action and inaction
There are times when desire has to be kept in stock,
but never stuck.
The confusion between these two can be soul lethal
The thing about expectations is that
you will never be able to get what you want
in the exact proportion of your selfish ego needs
Do you think you can feed me with your dreams?
Well, you can´t.
The reason?
I don’t have to choose between your dreams and my dreams.
You have your own. And I have mine.
Perhaps

we
can
may
could
possibly meet
somewhere
in-between?
(Blue Crystal Eagle)

Love on a Tray

Slashing blades of childhood memories
Skinny dolls and no comfort
at the beginning of the rainbow
of long lost teddy bears
The pot of home made guava
Sweet, sweet, sweet, high on the counter
And she said
“Eat your own sorrows
You´ll have many”
The little frowned girl was so scared
She felt even smaller in her princess sandals
And she imagined she was that actress she saw on
the black and white TV screen
Salome was her name
She was petrified at how
- out of love? -
the grown up queen had that man´s head cut off
on a silver tray
She could not understand
But she could.
(Blue Crystal Eagle)

Monday, August 6, 2007

Wakanyeza! Mendota Mdewakanton Dakota


A história de luta pela preservação da língua e da cultura Dakota travada pela comunidade Mdewakanton Dakota de Mendota, em Minnesota, Estados Unidos, merece ser contada. Os índios Sioux se dividem basicamente em três subgrupos linguísticos - Dakota, Nakota e Lakota – e em sete nações: Mdewakanton, Wahpeton, Wahpekute, Sisseton, Ihanktowana, Yankton e Teton. As quatro primeiras nações fazem parte do grupo linguístico Dakota.
Há documentos que permitem provar que o grupo Mdewakanton de Mendota já havia se estabelecido nas margens do rio Minnesota, na região hoje conhecida por vila de Mendota nos anos de 1700. Os comerciantes de pele franco-canadenses migraram para a região de Mendota, e estabeleceram uma relação amistosa com os Dakota até o início de 1800. Vários destes comerciantes se casaram com mulheres Dakota. Com a criação das reservas indígenas, tudo mudou. O terrível inverno de 1861, aliado ao atraso na entrega de provisões por parte do governo, causou a revolta dos Dakota em 1862, uma guerra que durou seis semanas. Como consequência, 392 homens Dakota foram presos para, posteriormente, serem executados. Com a intervenção do então presidente Lincoln, somente 38 dos 392 presos foram de fato executados por enforcamento na cidade de Mankato, dia 26 de dezembro de 1862.

Um fato que deixou marcas profundas na comunidade indígena local foi o chamado “campo de internação” na ilha Pike, área conhecida hoje como parque do Forte Snelling. A ilha Pike localiza-se exatamente na confluência dos rios Minnesota e Mississippi, local sagrado para os anciões Dakota, uma vez que tal confluência de águas representa, para eles, “o centro do Universo”. 1600 mulheres, crianças e anciões Dakota foram detidos e mantidos prisioneiros de 1862 até 1863, e mais de 300 morreram de sarampo, de fome ou frio.

A população de Minnesota, apavorada, exigiu que os Dakota que sobreviveram ao enforcamento e ao campo de internação fossem expulsos do estado. Vários Dakota foram, então, levados de barco para Crow Creek, na Dakota do Sul. Alguns acabaram mudando de lá para a Reserva Santee, no estado de Nebraska. Alguns anos depois, algumas famílias Dakota decidiram voltar para Minnesota, juntando-se aos familiares ou àqueles que haviam decidido ficar em Mendota. Estima-se que havia 75 famílias residindo em Mendota no final da década de 1860.
Em 1887, o ato de demarcação de terras indígenas conhecido por “Dawes Act” transformou por completo as comunidades locais, na medida em que trouxe o conceito de propriedade privada para os Dakota. O governo dividiu as terras em pequenos lotes para a população indígena “viver do plantio”. Estima-se que 90.000 índios acabaram ficando sem terra alguma durante os anos seguintes, já que várias famílias não tinham como manter a produção, sendo obrigadas a vender as terras quase de graça. Juntamente com a forçada sedentarização, foi implantado o processo civilizatório com a proibição da utilização da língua Dakota e da realização de cerimônias sagradas. Tal proibição só foi oficialmente revogada em 1978, quando o congresso norte-americano aprova lei que garante a liberdade para prática de cerimônias nativas em território nacional.

Os 250 atuais membros da Comunidade Dakota Mdewakanton de Mendota, embora descendentes dos Dakota, ainda aguardam reconhecimento oficial do governo norte-americano para obtenção do status de “índio”, calculado através da porcentagem de sangue indígena.

"Indivíduos que não pertencem a tribos reconhecidas pelo governo federal podem se tornar elegíveis para receberem benefícios sociais como índios através do sistema de reservas ao comprovarem ao BIA (Bureau of Indian Affairs) que eles têm cinqüenta por cento ou mais de sangue indígena. Modificações propostas pelo BIA nas regras para o reconhecimento indígena através da porcentagem de sangue indígena estão sendo vistas por muitos índios americanos como uma estratégia do governo federal para reduzir suas obrigações para com as populações indígenas (Rocha, 2000). Além disso, atualmente, poucas sociedades indígenas constituem comunidades culturais homogêneas. Esta questão é muito evidente no caso de (re)emergência étnica entre populações camponesas nas áreas mais densamente povoadas do Brasil. Muitas comunidades são pluriétnicas e freqüentemente abrangem pessoas com identidades sociais híbridas, conseqüências de políticas indigenistas. Enquanto surgem processos de revitalização cultural e emergência étnica, as mesmas populações estão sendo englobadas pelas sociedades nacionais, criando situações cada vez mais complexas." (In: Baines, Stephen G. “Organizações indígenas e legislações indigenistas no Brasil, na Austrália e no Canadá”. Disponível em: http://br.monografias.com/trabalhos/legislacoes-indigenistas-brasil-australia-canada/legislacoes-indigenistas-brasil-australia-canada.shtml. Acesso em 6 de agosto. 2007.)

A comunidade vem oferecendo aulas de língua e cultura Dakota nos últimos dez anos, gratuitamente, como uma tentativa de evitar a completa extinção da língua. Dados do censo de 2001 atestaram somente 28 falantes fluentes de Dakota no estado de Minnesota, quase todos na faixa dos 60 anos. Além da luta pela preservação da língua e da cultura Dakota, a comunidade pretende abrir uma escola charter, um tipo de escola pública não administrada por um distrito escolar. Se o pedido for aprovado pelo Departamento de Educação de Minnesota, a escola atenderá alunos nos primeiro cinco anos de educação escolar (o chamado “K-5”) e incluirá no currículo questões da tradição cultural indígena norte-americana e terá o nome de Wakanyeza Charter School. Wakanyeza significa “pequeninos sagrados”, um nome doce e sugestivo para um projeto que aposta nas gerações futuras...
(Blue Crystal Eagle)

Thursday, July 19, 2007

Brazilian Indigenous Music by Marlui Miranda


Marlui Miranda embodies the sounds of Amazonian Indigenous sounds, showing an outstanding respect for the the communities she lived with, learning the indigenous languages well enough to sing the songs perfectly, according to the tradition. She started her journeys through the Amazon more than 30 years ago, a pioneer and a brave woman to adventure in the tropical forests. "Marlui also makes sure the Indians benefit financially from the recording. The tribes receive the money, because the music belongs mostly to their tradition and not to a specific person. The hard part is getting the money to them...no bank accounts, as you can imagine, and for the most part, no mail service. So, she has to wait until someone goes to wherever they are to bring them the money. And sometimes, they ask to be paid in pencils or books or any need they have." (from: http://www.maria-brazil.org/ihu.htm). The song "Araruna" and the cd "Ihu Todos os Sons" is a master-piece. Blessed be, Marlui Miranda.


O trabalho de Marlui Miranda incorpora sons de várias nações indigenas brasileiras. Cantando com perfeição na língua indígena, Marlui é fiel à tradição vocal dos índios, embora esta guerreira/pioneira afirme que suas canções são interpretações artísticas, sem pretensões etnográficas. “Marlui faz questão de repassar parte do lucro de seus cds para as tribos, já que a autoria das canções pertence à comunidade. O difícil é fazer o dinheiro chegar até eles, sem contas bancárias, e na maioria, sem serviço postal. A tarefa fica por conta dos conhecidos que estarão de passagem pelas aldeias. Às vezes, os índios pedem o pagamento em lápis, livros ou quaisquer outros itens que estejam precisando. (De: http://www.maria-brazil.org/ihu.htm).
A canção “Araruna” e o cd “Ihu Todos os Sons” são obras primas. Bençãos a você, Marlui Miranda.

Monday, July 9, 2007

Starbucks signs licensing agreement with Ethiopia./ Starbucks assina contrato com Etiopia


In a major victory last week, Starbucks and Ethiopia finalized an agreement that ends their trademark dispute and brings both sides together in a partnership to help Ethiopian farmers. Oxfam has been campaigning vigorously for this agreement since November, as the agreement has the potential to give these farmers a fair share of the profits for their world-renowned coffees. Click here to view a personal “Thank You” video from Oxfam America President Raymond C. Offenheiser and some of the Ethiopian farmers who will benefit from this agreement. (Source: http://www.oxfamamerica.org/) / Finalmente a Starbucks entra em acordo com os produtores de cafe da Etiopia, apoiando a tentativa do país de ganhar marcas registradas, acreditando no benefício que isto trará aos produtores. Oficiais da Etiópia "saudaram o acordo como uma vitória aos produtores de café, às companhias com as quais o país negocia e aos consumidores. 'Este acordo marca um importante marco em nossos esforços para promover e proteger as designações de cafés especiais da Etiópia', disse o diretor geral do Serviço de Propriedade Intelectual da Etiópia, Getachew Mengistie. 'Ter o comprometimento e o suporte da Starbucks nos ajudará a aumentar a qualidade dos cafés finos etíopes e melhorar a renda dos produtores e comerciantes'." (Fonte: http://www.abic.com.br/asp/noticias_noticia.asp?cod=6647)

Friday, June 15, 2007